AH! vida mágica onde está? Saudosa te busco... Te reencontrei na obra que esta construída... Onde realidade e o que o mundo diz ser fantasia se misturam... Se complementam formando uma única chama... Incandescente... De amor, muito amor que une o mundo material de nós, os reencarnados, e o mundo espiritual dos desencarnados... Maria

domingo, 27 de janeiro de 2013

Óleo sobre tela: autoria Jésus Ribeiro


Saudade
                                         Jésus Ribeiro


Vede saudade
Que m'alma embora triste e sofrida
Repousava tranquila e calma
Por ter dela a presença querida


Mas ela se foi
E com ela a maior ventura
E tu vieste
Contigo um incessante tormento
A maior tortura


Mas por quem és fica saudade
Fica que te dou guarida
Fica por toda vida

Porque ainda que sejas
A maior maldade
E só me faça sofrer
E só tu saudade
Que podes fazer
Que eu continue a viver


É só tu saudade enfim
Sob o julgo triste de tua
tirana tutela
É que posso preencher em mim
O vazio que existe
No lugar que é só dela




Hoje 27 de Janeiro, fazem 4 anos e 8 meses que Jésus Ribeiro se foi.
Agora mora nas estrelas...
Não é bem assim, é só uma maneira de dizer...
Está é trabalhando muito para o amado mestre Jesus.
SAUDADE...

                                                                   Maria da Graça
                                                                   27/01/2013




Óleo sobre tela: autoria Jésus Ribeiro

Miragem
                 Jésus Ribeiro

Quando partiste alma querida
A cumprir o destino teu
Nobre tarefa que a vida te deu
Afim de que pudesses doar
A tua capacidade de amar a outra vida
Foi como se eu passasse
A ser incompleto
Embora buscasse minha alma preencher
De vazio estava repleto
Por ter tudo
Sem te ter

E passei a enlouquecer...
Como apagar da memória tão formosa imagem
Como olvidar, esquecer
A única glória que hoje posso ter

Ainda que enganosa miragem
Que se dissipa pouco a pouco
Para dar lugar à realidade
Desolada entristecida
Ainda que este louco sonho
Seja desfeito
Eu o quero acalentar ternamente

Abraçado ao peito
Junto ao coração
Por deste sonho necessitar
Para m'alma nutrir
E eu poder continuar



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Óleo sobre tela autoria: Jésus Ribeiro



O MENDIGO E A LUA
                                    Jésus Ribeiro


Certo homem certa noite
Mendigo em andrajos a vagar
Parou
A se examinar...
E cabisbaixo de si envergonhado
Chorou por ser pobre nada ter
Quase revoltado


Mas uma lágrima que caiu
Na escura e fria calçada da rua
Luz bela e pura refletiu...
Ele ergueu os olhos para o alto e viu
A brilhar no céu radiosa a lua
Cercada por estrelas em turbilhão
A encher de luz e cor
A imensidão...


E passou a se perguntar
Se no mundo existia
Um teatro, um palco onde o nobre
Que tanto dinheiro trazia
Pudesse presenciar
Ao que seu olhar tão pobre
Nesta hora, agora via...


E com maior atenção
Continuou a observar
Com emoção
O espaço sem fim
E eram sóis a irradiar
Luz de todas as cores
Como a cantar louvores
A alguém que parecia habitar 
Toda extensão
Dos Céus infinitos...


E eram cometas a riscar
Em facho incandescente o espaço
Em velocidade jamais concebida 
Pela humana razão


E eram corpos celestiais a vagar
A obedecer rota e precisão
Cada astro com sua função
Cada colosso em seu lugar...


E nesta hora 
Ele começa a notar 
A branca luz da lua descer
E seu corpo vestido em farrapos
Envolver
E se tornar luminosos seus trapos...


E então
Em copioso pranto
Ele,o mendigo da rua,
Que recebeu da lua
O terno acalanto
Se pôs a chorar


Ao notar
Que o SER
De tamanha grandeza
Capaz de criar e manter
A perfeição da Natureza
Dele haver se lembrado
Indigente rejeitado 
Alma esquecida
A vagar
Sem lar
Pelas veredas da vida


E de joelhos passou a agradecer
A mendicidade que lhe fez ver...
Tudo que lhe foi mostrado...


Por ser ele
O mendigo ignorado
A ouvir uma mensagem
A falar-lhe ao coração


Que ele um ser esquecido
É parte da criação
A vagar em romagem
Junto aos sóis na imensidão
Em jornada gloriosa,de elevação...


Que ele
Tão pobre
Esquecido até dos seus 
É um  nobre
Por ser filho de Deus!


E feliz inda uma vez agradeceu
O destino que a vida lhe deu
De ser um mendigo da rua 
Que foi um dia 
Acariciado  pela luz da Lua.






domingo, 6 de janeiro de 2013

Desenho autoria : Jésus Ribeiro


RONDANTE

Rondante era um lindo cachorro da raça "americano".
Tinha maravilhosos olhos azuis.
Nunca descobrimos de onde ele veio, o Jésus o encontrou andando pelas ruas da cidade, e o levou para nossa casa.
Bolinha e ele  afinizaram prontamente, e até a partida nunca se separaram.
Rondante era um belo cachorro ensinado, castrado e manso.
Quantas alegrias Rondante e Bolinha nos deram...
Ele também adorava as pizzas que minha mãe trazia para eles.
Ele adoeceu primeiro e se foi antes da Bolinha.
Contraiu hepatite e não houve como ajuda-lo.
Meu Deus!!! Quanta saudade sinto neste coração...

                                                        Maria da Graça
                                                        04/01/2013










Desenho autoria: Jésus Ribeiro

BOLINHA

Bolinha chegou na minha vida e do Jésus, e ficou até partir.
Tínhamos uns vizinhos, os donos dela, tão pequenininha ainda.
Seus donos mudaram e deixaram Bolinha para trás, na rua.
Bolinha começou a latir na nossa janela que dava para a rua, e dormia debaixo do carro.
Conseguia passar no espaço da grade do portão do alpendre.
Rapidamente ela entrou para dentro da casa, e ficou, quando mudamos foi conosco.
Quanta alegria nos deu...
Era uma cachorrinha branquinha, peludinha, com manchas cor ocre, e carinha tipo fuinha.
Uma linda vira- latinha legítima, brincalhona e alegre.
As vezes o Jésus brincava pulando junto com ela, e chamando-a de; fuia!!!...fuia!!!...que momentos inesquecíveis...
Como ela adorava as pizzas de frigideira que minha mãe fazia e trazia para ela.
Um dia bolinha adoeceu, com problemas cardíacos e se foi.
Enterramos ela com sua camisetinha de frio que tanto adorava.
SAUDADE...
                    Maria da Graça
                    19/12/2012